quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Operando as próprias emoções: O caminho do sucesso na Bolsa de Valores.



O fator determinante para o sucesso nas operações de bolsa de valores não é o tamanho do seu capital nem a situação econômica, mas sim a sua mente, suas decisões e o desenvolvimento de padrões comportamentais que podem levar ao sucesso ou ao fracasso. Nos próximos textos vamos falar daqueles comportamentos que podem lhe desviar facilmente do caminho do êxito, pois tão logo o novo investidor aprende os princípios básicos do mercado de ações e começa a fazer mais operações as “fraquezas” psicológicas começam a se manifestar. Como as operações de mercado acionário são velozes e sujeitas a flutuações muitas vezes imprevisíveis é importante que o operador se adapte também rapidamente aos novos cenários. E é aí que aparecem os comportamentos inadaptativos, sobre os quais estudaremos. (Leia ou releia também no blog o texto: Desvio de rota: Tempestade à frente).

Para minimizar ao máximo a possibilidade de grandes perdas vamos citar três tipos de padrões de comportamento que devem ser observados e se necessário, controlados, sob pena de fracasso nas operações de bolsa.

O primeiro deles é ganância excessiva, que é a tendência infantil a desejar sempre o máximo do ganho teoricamente possível no futuro em vez daquele que pode ser menor, mas passível de realização no momento atual e com segurança. Em geral este padrão se manifesta quando o indivíduo não sabe sair do mercado no momento em que está lucrando, pensando que, se ficar mais algum tempo, aumentará os seus ganhos. Como fica além do planejado (se é que foi planejado), acaba sendo atingido por quedas fortes e rápidas. Como em geral não usa stops, pois não suporta perder, os prejuízos são ainda maiores. Da mesma forma, quando os preços caem, fica esperando quedas cada vez mais profundas e acaba perdendo a reversão, vendo o mercado estabelecer novas altas, sem ter comprado nada. A solução para este padrão é planejar as entradas e saídas da melhor forma possível, usar stops e cumprir o seu planejamento, com atitude mental de despreocupação: se ganhou menos do que poderia, ótimo, melhor será na próxima. Se você tornar esta forma de agir regular e consistente, estará à frente de um número enorme de investidores.

O segundo é o medo de agir. O medo pode se tornar paralisante, congelando o investidor numa atitude de espera ansiosa por condições melhores que podem ser pura fantasia. Após algumas perdas o novo investidor fica hesitante no momento de entrar no mercado, vai atrás de opiniões alheias para confirmar o seu julgamento e aguarda, esperando o momento perfeito em que terá todas as certezas sobre o lucro esperado. É claro que isto é o oposto do investimento em bolsa, que tem no risco a sua maior definição.

Esperando, analisando e hesitando, acaba perdendo o melhor momento e após ver, passivamente, os preços subindo muito, então toma a sua decisão de entrada. Mas aí já é tarde e em geral o mercado já está revertendo e vem o prejuízo, que será maior, pois ficará indeciso para vender com pequeno prejuízo.

A forma de dominar estas reações de medo é buscar operar quantias menores, bem menores, por algum tempo. Valores que, caso haja prejuízo, seja pequeno. Somente após muitas operações de sucesso com pequenos valores o investidor começará a descondicionar suas respostas de medo e poderá, aos poucos, aumentar as operações.

O terceiro padrão comportamental é o da compulsão. É o pior de todos, pois desenvolve o comportamento de "jogador". A compulsão é uma vontade irresistível de negociar sempre, em valores substanciais, nos limites do crédito e sempre esperando que uma maré de boa sorte, em geral uma forte alta, lhe favoreça. O mercado de opções é o um local atraente para estes “investidores” tentarem suas grandes jogadas e em geral ali perdem todo o seu capital.

Sintomas comuns de compulsão na Bolsa são ansiedade, alterações rápidas de humor entre a euforia e a tristeza e a incapacidade de se manter afastado da atividade. Outro sintoma observado é omitir resultados ruins e ter cartões de crédito "estourados" sem razão aparente. Em geral o “jogador” esconde os seus grandes prejuízos por muito tempo e só são descobertos quando afetam de forma irreversível o patrimônio da família.Quem tiver qualquer dúvida sobre se está operando compulsivamente faça um teste simples: Experimente ficar 15 dias afastado dos mercados, sem operar e sem nem mesmo acompanhar as notícias. Se você conseguir ficar de fora com tranqüilidade e com pequena ou nenhuma ansiedade, então você está bem. Caso seja impossível controlar a tensão e ansiedade a solução pode ser procurar ajuda com profissional da área de saúde psicológica. É possível tratar a compulsão e evitar prejuízos enormes. Com tratamento adequado o indivíduo compulsivo pode se tornar um excelente operador.

Estas são informações básicas e introdutórias sobre o assunto. A psicologia do investidor é um campo de estudo científico complexo e muito novo. O que precisamos deixar claro é que investir é algo que deve ser integrado a um projeto de qualidade de vida. Operar nos mercados deve ser algo prazeroso e construtivo para sua vida e sua família. Para alcançar este objetivo você deve conhecer a si mesmo e estar disposto a se aprimorar constantemente. Isto implica em desenvolver uma personalidade de investidor forte e flexível, focando no aprimoramento das qualidades de autocontrole, coragem, determinação e força de recuperação.

As duas medidas mais importantes do sucesso de um investidor são o aumento do seu patrimônio e o uso eficiente destes lucros transformados em bem estar social e qualidade de vida para si mesmo e para sua comunidade. Isto é sucesso, é viver bem. O contrário, ganhar dinheiro apenas pelo dinheiro é como um filme velho e ruim que já assistimos e não desejamos ver nunca mais. Um enredo cheio de atores canastrões e personagens fracos que sempre termina em finais parecidos: Estouro de “bolhas” financeiras, crises mundiais e longas recuperações pagas pelo dinheiro público. O mundo está mudando, a ética precisa retornar aos mercados financeiros para o bem geral, ou será que estou errado?

Sucesso.

Paulo Denega

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Como escolher as melhores ações da bolsa.


Como escolher entre tantas ações aquelas que podem lhe trazer mais lucros com menos riscos? É sobre esta simples questão que iremos estudar. Se você quer operar corretamente precisa aprender a escolher bem suas ações com o máximo de certeza possível. Este é o processo chamado Análise de Ações, didaticamente dividido entre análise técnica e análise fundamentalista. Na prática diária estas formas de analisar se misturam e o uso maior de uma ou outra vai depender do gosto e do estilo de investir de cada um. As técnicas de análise são muitas e aplicá-las com eficácia exige, como sempre, estudo e prática.

Mas como você quer operar e ganhar dinheiro logo, algumas idéias muito básicas e que devem estar perfeitamente entendidas por quem é iniciante. Escolher boas ações não é algo que possa depender de dicas, seja de amigos, fóruns, instituições financeiras ou de “gurus” da bolsa.

1. O primeiro ponto importante é a liquidez da ação. Ou seja, a rapidez com que pode ser comprada e vendida. Coisa muito desagradável para quem está começando é não encontrar comprador com rapidez, o que faz com que oportunidades de lucro sejam perdidas e joga o incauto nas mãos dos espertos de plantão, obrigando a vender com grandes variações de preço que acabam levando qualquer possibilidade de lucro.

2. O segundo ponto a ser analisado é o tamanho do Canal. Quando você opera com poucas ações e as despesas são proporcionalmente altas você vai precisar de variações amplas de preço, de preferência dentro do intraday. Por exemplo: Se você compra 100 ações da “YRTW3” e ela sobe mais de R$ 1,00 no dia, você teve um lucro de quase R$ 100,00. Mas compare com a “XPTO4”, que no mesmo dia teve um aumento de apenas R$ 0,10. Com esta você teria um lucro de menos de R$ 10,00, que iria embora com as despesas de corretagem. É claro que esta análise deve ser feita durante períodos de tempo amplos. Descobrir estes canais é como ir captando a “personalidade” de uma ação.

3. E o terceiro ponto a ser observado é a diferença entre as ofertas de compra e venda em relação aos preços praticados. Exemplo: Você vê que a “YRTW3” aumentou de 50 para 50,50 e resolve vender para realizar este lucro. Mas na hora de tentar vender vê que só existem ofertas de compra em 50,20. Na hora de comprar, a mesma situação. Você vê que os preços estão subindo e resolve comprar. O preço atingiu os 50,00, mas você só encontra ofertas de venda por 50,40, o que já o colocaria em desvantagem logo de saída. Remédio para isso: Planeje bem os seus trades e venda sempre através de ordens limitadas, colocadas de forma consciente e no momento certo de acordo com o seu planejamento. Não corra atrás da manada.

Estes três pontos são iniciais e você descobrirá com a experiência muitas outras variáveis que precisará controlar em suas operações para ter lucro. Na prática, faça um estudo e algumas operações (simuladas) comparando os resultados de comprar lotes fracionários em, por exemplo, PETR4F e em CSNA3F e você vai entender bem o que eu falei.

Apenas relembramos que estas operações são indicadas para o iniciante e usando simulações “no papel”. Não estamos indicando compra de qualquer ação, título ou produto financeiro. Apenas depois de dominar estas técnicas deverá se aventurar nas operações reais e com praticamente qualquer valor, pois os princípios são os mesmos.

Um abraço e até breve.

Paulo Denega

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Como não perder dinheiro na bolsa.



Vamos falar mais sobre operações simuladas (“no papel”), que são a melhor forma de você aprender a operar ações sem perder muito, aliás, sem perder nada. Este processo foi o que utilizei durante alguns meses no início de minhas operações. Aprendi muito e evitei jogar dinheiro fora. Foi neste período que fui montando o meu próprio sistema, assim como você montará o seu, com as características únicas da sua personalidade, com sua experiência e com seus recursos. Seguindo esse processo acreditamos que você economizará muito tempo e dinheiro, tornando mais fácil e rápida aquela caminhada para a Mercedes, o avião particular, a casa na ilha, e outros brinquedos interessantes e básicos para uma vida minimamente satisfatória...

Este treinamento é muito mais que aprender a controlar uma plataforma de negociação. É o início do seu treinamento mental (lembre, quem ganha o dinheiro não é a ação, nem o software e muito menos a corretora, é o seu cérebro). Aqui já começarão a se manifestar as áreas da personalidade que são a causa de muitos fracassarem. Aparecem: a preguiça, a desorganização, a impulsividade, o medo e a ganância em exagero, às vezes muitos outros traços se tornam visíveis e que você deverá corrigir (alguém aqui disse que era fácil ganhar dinheiro na bolsa?).

1. Comece as operações simuladas fazendo exatamente aquilo que você faria em uma operação real: Abra o site com os gráficos antes da abertura da bolsa, analise as tendências e programe a sua compra. Quando o mercado abrir, observe, analise, aguarde um pouco até a abertura da bolsa americana e então, quando achar que é o momento, registre a sua compra.

2. O valor utilizado deverá ser adequado ao capital que efetivamente você irá operar. Não adianta praticar simulando compras de 10.000 ações se você só vai ter capital para negociar com, por exemplo, 300 ações. Isto lhe daria uma visão distorcida dos momentos adequados de tomada de decisão.

3. Após registrar a compra, calcule o ponto de equilíbrio e o stop que você vai utilizar. Isto é de fundamental importância, pois se você não se condicionar a usar stops bem calculados sempre, irá falhar também nas operações reais e terá enormes prejuízos. Não acredite em conversas do tipo: “stop não é coisa de macho”, ou outras, tão estúpidas quanto. Lembre-se sempre que o primeiro prejuízo é sempre o menor.

4. Acompanhe o comportamento dos preços durante o dia e tome as decisões adequadas. Anote e ao final da operação, calcule o resultado real, seja lucro ou prejuízo. Registrando tudo fielmente. Não volte atrás nas suas decisões e não se torture se errar. Lembre-se que é muito fácil se achar inteligente olhando os gráficos depois de terminado o pregão. É na hora do fogo cerrado das modificações que se aprende a operar. Não ligue para palpiteiros e não se impressione com os “donos da verdade” que às vezes aparecem nos fóruns apenas para falar bobagens. Por outro lado observe nos mesmos fóruns a atuação de operadores experientes que dão dicas muito sábias sobre as técnicas de operação. Separar quem é quem fica fácil depois de algum tempo.

5. Aprenda a fazer uma contabilidade simples de controle de lucros e prejuízos. O principal é o acompanhamento do seu patrimônio. Se ao final de algum tempo o capital que você começou está maior, é um bom sinal de que você está começando a operar de forma certa. Se o capital diminuiu, é hora de fazer uma análise profunda, procurando onde estão os erros das suas operações para corrigi-los. Na prática, terminar o primeiro ano com perda de não mais de dez por cento é um excelente início. Faça os seus registros com cuidado e técnica, pois como operador autônomo em geral você não terá ninguém que os faça por você. Então aprenda a fazer bem feito. Falaremos mais sobre o assunto.

E agora o mais importante passo para ter sucesso: No final do pregão, feche os links com a corretora e com a Bovespa. Desligue o computador. Chame a sua mulher, namorada ou qualquer pessoa que você goste e saia para se divertir em um lugar bacana, pois é isto que faz valer a vida e o esforço de progredir financeiramente.

Nas próximas postagens entraremos iremos aos poucos entrando no assunto de como escolher as ações mais adequadas para negociar, tendo pouca experiência e capital.

Até breve

Paulo Denega

Monte Fuji, Japão

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Qual é a melhor corretora de ações?



Qual é a melhor corretora? É aquela que, em um determinado momento em sua vida de operador, é a melhor para VOCÊ. Em eficiência, bom atendimento e adaptação ao seu poder de investimento. Se o seu capital é pequeno e a experiência menor ainda você precisa de muito mais cuidado nesta escolha, pois uma corretora mal escolhida tem sido um dos principais fatores de insucesso de muitos investidores.

Os leitores deste blog se enquadram em uma das seguintes situações:

a) Está começando a investir no mercado de ações.

b) Já tem alguma experiência (já superou o primeiro ano e teve prejuízos).

c) Já tem experiência maior, tem lucros regulares e constantes.

No caso da maioria dos nossos leitores a situação é esta: Ou você está começando a investir em ações (e está aprendendo a operar com eficiência) ou você já tem bastante experiência, mas perdeu muito dinheiro e está praticamente começando do zero (com necessidade ainda maior de aperfeiçoar as suas técnicas de operação).

Quando comecei a operar fiquei impressionado com a facilidade com que poderia ganhar dinheiro. Era simples: comprar barato e depois vender quando o preço subisse. Logo vi que não era assim quando recebi as primeiras visitas do “Dr. Prof. Ferro”, o mestre de todos os operadores. Hoje, passados estes momentos emocionantes e seus dispensáveis prejuízos, desenvolvemos um método de operação na bolsa que previne estas grandes perdas iniciais e leva o operador a uma evolução técnica suave e lucrativa. E quem já perdeu dinheiro na Bolsa sabe que não deve culpar o mercado mas sim a sua própria ineficiência como operador. Resumindo, a diferença que faz o sucesso nos mercados é a sua mente e a sua preparação técnica.

A dica mais importante:

Comece a operar de forma simulada, “no papel”, pelo menos por seis meses, até se aventurar com seu próprio dinheiro. Anote suas operações, registrando hora de compra, de venda e calculando os resultados de forma precisa, incluindo impostos, emolumentos e taxas. Guarde os gráficos de cada operação e anote o porque de cada compra ou venda. Registre em um caderno ou no computador.

A segunda dica mais importante:

Como já sei que você não vai resistir à tentação de começar a operar imediatamente (o aviso foi dado, depois não me culpe...). Se você vai operar com dinheiro real, então opere pequeno. Aprenda a lucrar com poucas ações, no fracionário. Isto vai estimular o seu cérebro e permitir o desenvolvimento de uma sólida estrutura técnico/emocional de operador de sucesso, sem grandes riscos. Não se preocupe agora com os ganhos pequenos ou com o pouco capital. Se você aprender a operar bem, o dinheiro aparecerá. Vamos passa logo para as providências práticas:

Escolha uma corretora de ações que lhe permita negociar lotes fracionários pagando um preço menor. Por exemplo, se a corretora X cobra R$16,00 por operação. Você irá gastar aproximadamente 35,00 reais por operação, na compra e venda de um lote de cem ações. Já na corretora que tem preço diferenciado para lotes fracionários você irá pagar 5,00 reais por cada operação de compra ou venda. Na prática isto será um gasto de aproximadamente 13,00 por operação com 99 ações. Ou seja, na corretora sem preço diferenciado você irá pagar 169% a mais por cada operação. Sentiu o problema?

É claro que para volumes maiores o preço vai se diluindo até tornar-se praticamente desprezível, mas este não é o caso de quem é iniciante. Você precisa aprender a operar com lucro com valores menores, mínimos até, para então depois ir aos poucos investindo valores maiores. Não caia na ilusão de que com mais dinheiro você teria lucro. Na verdade, apenas se afundaria mais lentamente, mas no final os prejuízos poderiam ser enormes e fatais para a sua conta de investimentos. Além disto, iniciantes que operam com grandes valores vivem em alto nível de tensão emocional e este stress prejudica as funções de raciocínio levando a decisões erradas.

Procure então uma corretora que opere nos moldes sugeridos. Conheço pelo menos duas que fazem este tipo de operação. Estas, em minha opinião, prestam um excelente serviço para aqueles que estão começando no mundo dos investimentos. Pesquise na web e você logo encontrará. Sabemos que o investidor iniciante e com pouco capital foi sempre visto com desprezo pelas corretoras, por razões que aqui não temos espaço para comentar. Mas isto está mudando aos poucos e à medida que cresça a massa de investidores em bolsa no Brasil, que por sinal é minúscula comparada com países como Estados Unidos e mesmo o México, o pequeno investidor pessoa física passará a ser bem mais valorizado. Aquelas corretoras que não atentarem para este fato novo irão aos poucos ficando de fora deste novo e grande mercado.

Então faça uma boa pesquisa de corretoras, escolha com calma aquela que lhe dá mais atenção e que esteja atualizada em tecnologia. Procure uma que tenha uma plataforma de negociação simples e eficiente, com um bom atendimento e informações úteis.

Na próxima postagem falaremos mais sobre como aprender a ganhar dinheiro na bolsa de forma segura. Não perca.

Um abraço e até breve.

Paulo Denega

São Francisco do Sul, SC, Brasil

domingo, 23 de agosto de 2009

Na bolsa de valores o tempo de desistir é nunca.

Foto *

Quando o indivíduo fica tomado por uma vontade irresistível de progredir e adquirir independência financeira e resolve se tornar um investidor ocorre um período de intenso entusiasmo. O futuro “rico investidor” começa um processo mais ou menos assim: Estudar sobre renda variável e ações, freqüentar fóruns, comprar livros sobre o assunto, fuçar pela internet em busca de dicas ou mesmo cursos (de preferência grátis) e falar para todo mundo sobre suas descobertas. Esta fase emocionante pode ser comparada psicologicamente a uma grande paixão.

Mas, como toda paixão, é um período de turbulência. A mesma necessidade de progresso financeiro que o impulsionou passa a se impor em toda a sua realidade. O capital é pequeno, a experiência como investidor é quase nula. A ansiedade por resultados que comprovem os seus sonhos de enriquecimento faz com que o novato faça operações impulsivas e de alto risco. Um dia opera no FOREX, perde dinheiro e pula para as opções. Perde novamente e resolve voltar para o mercado à vista, mas acha que os lucros são lentos e resolve que bom mesmo é operar futuros, e aí você sabe o resultado.

Em geral este círculo vicioso de decisões mal pensadas acaba com o término do capital disponível, mas muitas vezes acaba apenas por simples decepção. Frustrado e desiludido por descobrir que aquele mundo dourado estava bem mais distante do que imaginava, o futuro investidor de sucesso entra num processo de desistência. Num misto de raiva contra o sistema (“bolsa não passa de jogo!”) e tristeza carregada de frustrações obscuras (“A época não está boa...”) e desculpas fracas do tipo: “Não tenho tempo para operar meus investimentos...”, fecha a conta na corretora, apaga os registros no computador e deixa apenas nos favoritos o link da ADVFN (só para dar uma olhadinha no mercado...).

Amigo leitor, esta fase pode se repetir mais de uma vez na sua trajetória de investidor. Mas lembre, só fracassa aquele que desiste da luta. Prejuízos e momentos ruins são normais na vida de qualquer investidor. Fases difíceis acontecem na vida e independem do momento econômico, mas o fundamental é você não aceitar ser um derrotado.

Quando acontecer um destes períodos difíceis, faça o seguinte:

1. Dê um tempo nas operações. Interrompa todas e faça uma análise séria dos seus métodos. Tenha a humildade inteligente de reconhecer que você é que está operando de forma pouco eficiente. Não entre no chamado “jogo da vítima”, culpando o “mercado” ou os “tubarões” pelas suas perdas. Assuma toda a responsabilidade e você sairá fortalecido desta situação momentânea.

2. Faça uma análise criteriosa do seu estado emocional verificando se outras áreas da sua vida tais como casamento, família ou trabalho poderiam estar criando tensões emocionais prejudiciais. Analise, tente resolver e separar isto das suas operações. Se os relacionamentos devem ser vividos em toda a sua plenitude emocional, este não é o caso da bolsa. Ali o pensamento frio e equilibrado deve imperar.

3. Focalize naquela área, mercado ou ação que você teve mais êxito e planeje retornar as suas operações, mas, muito importante: você irá operar com valores bem menores que os seus usuais (a pior maneira de agir nos prejuízos é aumentar o capital empatado em operações podres). Faça isto até voltar a ter lucros com regularidade.

Este é o caminho, pense em você mesmo como um vencedor, como alguém que pode cair, mas que sempre e teimosamente, levantará. Você acha que grandes investidores, como Warren Buffet, por exemplo, não passaram por períodos de desânimo e nem tiveram derrotas? TODOS os investidores de sucesso passaram por períodos muito difíceis. Mas não desistiram. Todos os que fracassaram se entregaram as primeiras dificuldades. A que grupo você quer pertencer? A escolha é sua.

Se decidir continuar a luta, parabéns. Pense sempre que você é forte, que está aprendendo mais com as pequenas derrotas e que vai chegar lá, com certeza absoluta. Acredite que falta muito pouco para você chegar lá: um pouco mais de estudo, uma melhoria no seu controle emocional, uma adaptação nos seus métodos. Os lucros voltarão a aparecer e o seu patrimônio voltará a crescer. Pense alto, com coragem e nunca desista.

Um abraço e até breve,

Paulo Denega

* Imagem do Space Suttle da NASA, um grande exemplo de engenharia humana que precisou superar enormes obstáculos e derrotas. Isto é pensar "alto" e com coragem.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O segundo passo para enriquecer com a Bolsa de valores.


Se você está acompanhando as nossas postagens já deve ter percebido que damos extrema importância ao desenvolvimento de um pensamento amplo e inteligente em relação aos investimentos. A essência deste pensamento é: De nada adianta enriquecer perdendo a sua qualidade de vida. Daí a nossa insistência em uma abordagem de formação de um padrão de pensamento mais avançado, abrangendo a parte emocional e espiritual do ser humano.

Estes primeiros passos visam a que você se interiorize, se conheça melhor e desenvolva estratégias adaptativas, flexíveis e vencedoras em qualquer tipo de mercado. Por enquanto vamos prosseguir: Lembre-se que o passo inicial era definir a sua renda desejada mensal (ver “o primeiro passo para enriquecer na Bolsa”).Vamos então ao site da InfoMoney: (um site excelente, que você não deve deixar de acompanhar em seus estudos): http://web.infomoney.com.br//suasfinancas/ferramentas/calculadoras/

Escolha a calculadora de investimentos. Ali faremos uma primeira simulação de investimentos. Coloque assim:

Capital inicial: R$ 10.000,00
Investimento mensal: R$ 200,00
Taxa de rendimento: 0,50
Prazo: 120 meses
Observou o resultado? Não é de entusiasmar e está longe de lhe permitir luxos e renda vitalícia. Agora comece a mexer na calculadora, faça outras simulações, com os mesmos valores investidos, mesmo prazo de investimento, mas com retornos diferentes tais como 1%, 2% e 3% ao mês. Preste atenção e analise onde as diferenças são mais significativas.
Faça simulações com o valor de reserva financeira que você pretende começar a investir e depois teste variações de poupança mensal. Mas mude apenas um fator por vez, para que você possa analisar melhor os resultados projetados.

Experimente com valores dentro de sua própria realidade financeira, mas não se limite a ela. Planeje já pensando nas suas possibilidades profissionais futuras ou de negócio próprio, não apenas na sua renda atual. Por exemplo, se você pretende se formar em pouco tempo faça simulações estimando sua renda futura em função do seu mercado de trabalho.

Veja este exemplo de simulação em condições financeiras melhores:

Gostou mais destes resultados? É importante saber que estes cálculos são iniciais, não levam em conta a inflação do período nem imposto de renda e nem despesas gerais com precisão, mas servem para dar uma visão do que você pode esperar. Neste passo você está apenas abrindo a sua mente para pensar em nível mais alto, reduzindo as restrições culturais que nos limitam psicologicamente, como se fossem amarras invisíveis.

Aí chegamos à grande incógnita: Qual é o rendimento mensal da bolsa de valores. Sobre este assunto falaremos em uma próxima postagem. O importante agora é que você fique ciente do poder dos juros compostos e, conseqüentemente, da absoluta necessidade de aprender a conseguir o maior rendimento possível dos seus investimentos financeiros.

Após ter dominado o funcionamento da calculadora, é hora de começar a definir os valores reais que você pretende utilizar. A dura realidade começa a se impor. Quanto você tem? Quanto vai arriscar? Como e para quê?
Se você é um iniciante e ainda não dispõe de capital inicial, não se desespere e nem desista. Com um pouco de esforço você levantará este capital e começará a operar. O importante é saber o “como fazer” para se tornar um operador eficiente.

Pular estas etapas é começar a investir dependendo da sorte, esperando de forma sonhadora que os mercados se adaptem a teorias superadas que trazem uma falsa sensação de segurança. Se você tem dúvidas sobre o que estou falando, apenas lembre o que aconteceu no ano passado nos mercados mundiais e no sistema financeiro como um todo.

O ano de 2008 será lembrado como o fim de uma era dominada por uma tecnologia desumanizadora, não sustentável e totalmente distanciada dos verdadeiros problemas de um planeta em desequilíbrio econômico/social e com recursos limitados.

Mas falaremos sobre estes assuntos mais a frente. Por enquanto você irá aprender a conseguir rendimentos, mês após mês, maiores que a renda fixa, para aumentar o seu capital investido e viver a vida de êxito e qualidade que você deseja.

Um abraço e até breve.

Paulo Denega



Final de um dia “muito cansativo” do nosso leitor André, após voltar de um passeio pelas águas calmas de Balneário Camboriú, SC.
Foto de Júlio Denega


quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Renda fixa? Tô fora!"

Ontem (22/07/2009), o Banco Central, na tentativa de recuperar e impulsionar a economia do país, reduziu mais uma vez a taxa básica de juros (Selic), cujo corte foi de 0,50 ponto percentual, passando para 8,75% ao ano. Pode parecer muito, porém, continuamos tendo a quinta maior taxa de juros do mundo.

Isso significa que as taxas de cheque especial, empréstimos e financiamentos ficarão mais baixos, não como deveriam, pois o repasse das instituições financeiras para nós “simples mortais” é mínimo. Veja, por exemplo, que o banco HSBC reduziu a taxa mensal do cheque especial de 9,30% para 9,26%, enquanto nós somos beneficiados com uma migalha, os bancos se deliciam com um enorme banquete.

Com a queda da Selic, discussões dentro do governo sobre mudanças na remuneração de investimentos bancários, como fundos de renda fixa e poupança, devem se apressar.

A preocupação é que devido à diminuição de rentabilidade dos fundos de renda fixa, os investidores migrem para a poupança.

Em agosto de 2008 eu já havia publicado um artigo comparando os fundos de renda fixa e a caderneta de poupança, alertando aos investidores o cuidado ao escolher o seu investimento. (Leia aqui)

A caderneta de poupança tem remuneração garantida de 0,5% ao mês (6,17% a.a), mais a variação da TR (taxa referencial). (Para ver o rendimento anual da poupança nos últimos nove anos clique aqui)

E os fundos DI trabalham com um rendimento x atrelado a Selic, taxa de administração y e é descontado IR (20% em média). Em 2007 e 2008 era muito comum vermos fundos de renda fixa rendendo menos do que a poupança. Hoje é muito raro vermos um fundo rendendo mais do que a poupança.

O Governo estuda taxar poupanças com investimentos acima de R$ 50 mil, como uma forma de tornar a poupança mais desinteressante para os grandes investidores, porém essa não é uma medida muito popular. Outra solução estudada é diminuir a taxação dos fundos de renda fixa.

Na esperança de não haver fuga de recursos dos fundos de renda fixa, os bancos diminuíram a taxa administração, mas para os investimentos de pequeno porte elas continuam altas e perdendo para a poupança.

Apenas os fundos com taxa de administração menor do que 1% renderão mais do que a poupança.

O detalhe é que fundos com taxa inferior a 1% têm como aplicações iniciais valores acima de R$ 10 mil reais (o comum é que sejam acima de R$ 100 mil reais), o que exclui o pequeno investidor de entrar nesses fundos e obter melhores retornos.

Se você investe em algum fundo de renda fixa atrelado a Selic (DI) com taxa de administração superior a 1%, negocie com o seu gerente bancário uma taxa de administração menor ou migre para a poupança, pois você está perdendo dinheiro.

O foco do blog Denega System é investimento em renda variável com ênfase no mercado de ações. Acreditamos que com uma instrução adequada é possível aliarmos os altos rendimentos da Bolsa com a segurança da Poupança.

Leia as postagens sobre Bolsa de Valores do Denega System clicando aqui.

Sucesso a todos!
Diego Denega

Educação Financeira

Rendimento anual da Poupança de 1999 até 2008

Devido a sua simplicidade e segurança a Caderneta de Poupança é o investimento mais popular entre os brasileiros.

Ela tem remuneração garantida de 0,5% ao mês (6,17% a.a.) mais a variação da TR (Taxa referencial).

Para os leitores fazerem uma média, segue o rendimento anual nominal da poupança desde 1999.

1999 - 12,76%

2000 - 8,32%

2001 - 8,63%

2002 - 9,27%

2003 - 11,21%

2004 - 8,10%

2005 - 9,21%

2006 - 8,40%

2007 - 7,77%

2008 - 7,90%

Entre 1999 e 2008 temos a média de 9,16% de rentabilidade.

Porém o rendimento líquido da poupança descontada a inflação é:

1999 - 3,50%

2000 - 2,21%

2001 - 0,89%

2002 - -2,90%

2003 - 1,75%

2004 - 0,46%

2005 - 3,33%

2006 - 5,10%

2007 - 3,17%

2008 - 1,89%

No total de 1,94% no período 1999-2008.

Não gostou do rendimento? Estude no blog Denega System outras formas de investimentos, sugerimos que leia as postagens sobre a Bolsa de Valores, ao contrário do que a maioria pensa, com estudo e disciplina ela pode ser um investimento seguro e altamente rentável.

Sucesso a todos!
Diego Denega

Fonte dos dados: Consultoria Economática.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O primeiro passo para enriquecer com a Bolsa de valores.


Vamos montar um plano de investimentos na Bolsa que realmente funcione. Este primeiro passo pode parecer, a primeira vista, simples e desnecessário, mas não se engane, será muito importante fazê-lo. Os passos seguintes dependem totalmente deste primeiro, em um encadeamento lógico.

Não é um simples plano financeiro, com números, projeções e metas de longo prazo. Sua característica marcante é envolver e harmonizar todas as dimensões do ser humano.

Um plano que contemple apenas o lado financeiro está fadado ao insucesso, pois ao primeiro momento de dificuldades não haverá base de sustentação da pessoa como um todo, em suas dimensões física, mental/emocional e espiritual.

Como fazer:
Comece a redigir seu plano de investimentos. Este deverá estar ESCRITO de forma clara, com todos os cálculos testados e conferidos. Repito: você deverá ESCREVÊ-LO. Pode ser a mão em um caderno, pode desenhar, colar fotos, gráficos, etc. Pode fazer no computador, desde que seja impresso e você possa tê-lo ao seu alcance.

Já aviso que isto não é algo que possa ser feito rapidamente, com alguns cliques. Vai dar trabalho. Algumas pessoas poderão fazê-lo em uma ou duas semanas, outros talvez levem três meses ou mais. Você vai ter que pensar, calcular e raciocinar um pouco. O tempo despendido não é importante, mas sim a qualidade e a profundidade do seu pensamento. Lembre-se, é o início de um planejamento para toda a vida.

Entrar nas operações de mercado na Bolsa apenas com a vontade de ganhar dinheiro e sem uma completa preparação técnica, financeira e emocional é como entrar numa guerra, sem estar treinado e muito bem armado. As chances de sobrevivência até existem, mas são mínimas. Não se iluda.

Se você não tiver determinação para dar este primeiro passo, também não dará os outros, e fracassará. Desculpe a franqueza, mas Bolsa é “jogo duro” e infelizmente não é para todos. Todos os grandes realizadores partiram de um sonho e logo depois montaram planos para atingir aquilo que desejavam. Este é o seu primeiro desafio. Vai encarar? Então vamos em frente, você está entrando no maior empreendimento da sua vida.

1. Primeiro Passo: Objetivo do planejamento.

Defina qual é a renda mensal que você deseja obter, durante toda a sua vida. Assim:

Objetivo: Possuir um capital investido que produza um rendimento mensal de R$.......................................

Coloque um valor exato, que irá cobrir todas as suas despesas e permitir aqueles pequenos luxos, tais como uma Lamborghini, um ultraleve avançado ou uma viagem caríssima. Também aquilo que irá completá-lo como ser humano, talvez ajudar uma instituição, ONG, hospital ou qualquer outra. Pense também em pessoas, familiares e conhecidos que você poderá ajudar. Imagine uma vida de qualidade em todas as áreas.

Não se assuste se este valor for alto demais para o seu padrão de hoje. Você está em um processo de expansão da sua mente.
Veja que o primeiro impulso das pessoas quando perguntadas sobre renda desejada, logo respondem: Eu quero ganhar “muito dinheiro”! Eis aí o primeiro problema: O nosso cérebro não trabalha bem com conceitos vagos como: “muito dinheiro”, “ganhar bem”, ser “podre de rico”, etc. São conceitos vagos e inúteis.

Aqui é o momento de ilustrar o seu plano com imagens que simbolizem as coisas que você deseja conseguir, tais como aquela simples e básica Ferrari.

Eu sei que muitos vão simplesmente esperar o passo seguinte, sem fazer aquilo que sugerimos. Mas dentro de alguns dias todos terão que nos enviar os seus planos para avaliação. Quem não obtiver pelo menos nota cinco, vai se dar muito mal, (brincadeira, claro).

Então comece a escrever o seu plano, você ainda não tem idéia como isso vai eletrizar as suas metas de vida. Então faça com cuidado, valorizando a si mesmo e pensando alto.

Nas próximas postagens você aprenderá o segundo passo, importantíssimo para o início de suas operações na Bolsa. Não perca!

Um abraço e até breve.

Paulo Denega

Paragliders em Baneário Camboriú. Foto de Diego Denega

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Controle de pagamento de contas

Atualmente é muito comum termos vários cartões de crédito, carnês de financiamento, contas de luz, água, telefone e boletos que nos chegam pelo Correio.

Não é raro uma família ter quinze contas ou até mais para pagar no mês, cada uma com o seu vencimento.

Quando não ocorre o pagamento dessas contas na data fixada, acabamos sendo penalizados com multa de atraso e/ou juros. No dia a dia em meio a tantas faturas e boletos é fácil ocorrer esquecimentos. Para evitar isso, o blog Denega System está disponibilizando aos seus usuários um controle de pagamento de contas.

Você pode fazer o download clicando nos links:

Controle de pagamento de contas - documento do Word (.doc).

Controle de pagamento de contas - PDF(.pdf).

Caso opte pelo documento do Word, abra o arquivo e insira os dias de vencimento e o nome das contas, depois você imprime e vai colocando um “P” (Pago), em cada conta paga. Dessa forma toda sua família pode acompanhar o pagamento das contas e lembra-lo quando o vencimento estiver próximo.

Na versão PDF basta imprimir e colocar os dados com uma caneta, recomendamos fazer o “P” sempre a lápis, pois em caso de erro é mais simples corrigir.

Cole em algum lugar visível e nunca mais perca o vencimento de suas contas.

Essa é uma boa forma de você incluir o tema “dinheiro” no cotidiano da sua família, fazendo com que todos participem ativamente e ensinando aos seus filhos técnicas de controle e organização financeira.

Sucesso a todos!
Diego Denega

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Como se livrar das dívidas

Atualmente temos cerca de 80 milhões de brasileiros endividados, e esse número não pára de crescer.

Eis a grande questão: Quem é o responsável por esse endividamento?

Cheques pré-datados? Cartões de crédito? Empréstimos?

Na realidade nenhum destes. O primeiro passo para quem deseja se livrar das dívidas é reconhecer que o único responsável é você!

Eis como funciona o sistema de endividamento: Devemos algo para alguém e quando atrasamos os pagamentos, juros incidem sobre o principal da dívida e também sobre os juros não pagos. Isto aumenta o tamanho da dívida criando uma grande bola de neve que em pouco tempo parece impagável.

Agora que sabemos que nós mesmos somos os maiores responsáveis pela nossa situação de endividamento, vamos às soluções possíveis.

Antes de tudo não se afobe ou perca noites de sono por conta de suas dívidas. Elas realmente são um enorme problema, mas você o resolverá. Basta manter a calma e seguir os passos :

1. Se devemos é porque adquirimos, ou tomamos algo de alguém e não temos condições de pagar.

Então o primeiro passo é pararmos de adquirirmos aquilo que não temos condições de pagar, caso continuemos a situação só irá piorar.

2. Caso você tenha cartão de crédito e só pague o mínimo, saiba que sua dívida será eterna, pois você está apenas pagando juros e não sua dívida.
Nesse caso você deve imediatamente cancelar o seu cartão de crédito, e negociar o pagamento da dívida.

3. Pegue caneta e papel e anote todas suas receitas, despesas e dívidas. Priorize os itens mais importantes para sua subsistência, tais como aluguel ou prestação de imóvel, luz, água e alimentação.
A partir desse levantamento tudo o que não for necessário deverá ser eliminado. Itens como televisão a cabo, internet, contas de celular. Pense até em ficar sem telefone fixo por uns tempos.

Tudo o que sobrar deverá ser destinado para o pagamento das dívidas.

4. Mude seus hábitos, quem deseja se livrar das dívidas deve pensar em si mesmo como se estivesse em uma guerra: o inimigo é a dívida e você é o soldado determinado a eliminá-la. Mesmo que para isso tenha que fazer alguns sacrifícios, como não tomar aquele cafezinho na rua, substituir a carne pelo frango, deixar de comprar jornais, diminuir o consumo de água, telefone e luz. (Ler: "Pequenos cortes, grandes retornos!")


Somente com esse esforço será possível vencer essa batalha.

5. Administradoras de cartão de crédito não são conhecidas por sua bondade, mas é comum que após certo tempo sem receber, elas ofereçam valores bem abaixo da dívida total com juros. Tenho conhecimento de casos em que a dívida era de R$ 4.000,00 e foi reduzida para R$ 1.500,00, ou seja, o valor original da dívida sem juros.

6. Quando for negociar suas dívidas, nunca aceite as primeiras condições propostas. São feitas para beneficiar o seu credor e não a você.


Por exemplo, se lhe for proposto pagar um valor em 3 parcelas, proponha pagar um valor menor em 10 parcelas, mesmo que ele não seja aceito. Talvez a empresa lhe ofereça pagar o mesmo valor em 10 parcelas, ou um valor menor em 6 parcelas.

7. Os juros cobrados pelos seus credores seja banco, administradora de cartão de crédito, financeira ou loja de departamentos, normalmente não estão dentro da lei. São abusivos! Recorra ao PROCON ou Juizado de Defesa ao Consumidor, onde provavelmente o valor da sua dívida será revisto para baixo e terá prazo diferenciado para pagar.

8. Caso você ainda tenha crédito e tenha vários empréstimos, considere a possibilidade de fazer um novo empréstimo, porém, com uma taxa de juros menor que os atuais para pagar os outros e ficar com apenas esse, que provavelmente terá um valor menor.

9. Cancele os cartões de crédito. Se for muito necessário fique apenas com um para emergências e não luxos.

10. Cancele imediatamente o seu cheque especial. Os juros de cheque especial são muitos altos e também formam bolas de neve.

11. Se o credor tratá-lo mal, e muito provavelmente irá fazê-lo, ignore e diga a ele que caso continue tratando-o assim ele será o último da lista a ser pago.

Aqui estão algumas estratégias de como pagar suas dívidas. Entretanto, lembre-se que você tomou algo de alguém, esse alguém tem o direito de receber, mas você também tem o direito de pagar valores justos, e voltar a se tornar um consumidor, só que, dessa vez, consciente.

Sucesso a todos!
Diego Denega

quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Jamais gaste tudo o que você ganha"

“Jamais gaste tudo o que você ganha”, esse foi um ensinamento que a mãe de Manoel Horácio Francisco da Silva, presidente do Banco Fator, ensinou muito cedo a ele e seus irmãos.

É um princípio simples e lógico. Quem deseja iniciar um investimento, precisa de algum dinheiro, mas como o fazer se nunca sobra nada do salário?

Aí entra o planejamento e controle das finanças pessoais. É comum reclamarmos de nosso salário, achar que não ganhamos o suficiente, que devido a esse baixo salário é que temos dívidas e não prosperamos financeiramente. É a verdadeira roda viva.


A triste notícia é que para a maioria das pessoas, um aumento não resolveria e as dívidas só aumentariam. Aqui, então, não é uma questão de dinheiro e sim de educação financeira.


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Conheço pessoas que ganham R$ 1.000,00 por mês e têm imensas dívidas, como também conheço pessoas que ganham mais de R$ 8.000,00 e têm dívidas exponencialmente maiores.

Creio que os leitores do blog se perguntem por que os autores não ensinam logo como investir e ganhar muito dinheiro. A resposta é simples: pegar uma quantia e investir na bolsa ou em algum fundo é muito fácil.


Ter dinheiro e disciplina para investir mensalmente, tendo um objetivo e se manter firme a ele, não é tão simples, pois exige mudanças de comportamento, de hábito, eliminação de dogmas, e muito estudo.

E esse é o nosso objetivo. Esperamos que essa transformação ocorra e que você possa prosperar.
Gosto de perguntar aos amigos e familiares se eles têm idéia de quanto dinheiro já ganharam na vida, e que percentagem desse dinheiro eles possuem atualmente, sem falar em quantias, apenas percentagens.


Um exemplo: Uma pessoa que trabalhou 20 anos ganhando em média R$ 3.000,00 mensais, recebeu mais de 700 mil reais no período. Durante os 20 anos ela comprou um imóvel que vale 100 mil e um carro de 25 mil, ou seja, no momento ela só possuí 18% do montante total que já recebeu.

Durante a vida temos muitos gastos obrigatórios com saúde, educação, alimentação, impostos e outros, e estes ocupam o maior percentual.


Mas é perfeitamente possível, mesmo com esses gastos, mais prestação de imóvel e automóvel, reservarmos a pequena parcela de 10% ou mais de nossos proventos para um investimento financeiro. (Leia: “Status. Quem paga o pato e você.” e “Pequenos cortes, grandes retornos!”).


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Voltando ao exemplo: 10% dos proventos dessa pessoa corresponderiam a 70 mil reais no período de 20 anos, em uma estimativa grosseira*. Esse valor investido na poupança, usando uma taxa média de 8% ao ano, os 10% seriam transformados em mais de 180 mil reais.

Caso esse valor fosse investido em ações e essa pessoa soubesse administrá-las, os ganhos com esses mesmos 10% de seus proventos certamente chegariam a cifra de 1 milhão de reais**. Dessa forma teria lucrado mais com a Bolsa do que com seu ofício. (Leia: “Como “enriquecer” na Bolsa de Valores”).

Tudo isso é possível com educação financeira, seguindo o simples princípio daquela senhora que ensinou o seu filho: “jamais gastar mais do que se ganha”.

*Estimativa grosseira, pois não leva em conta as correções monetárias, troca de moedas e juros de rendimento exato do período.
**Com um rendimento de 20% ao ano, o que é realista para um investidor experiente no Brasil.


Sucesso a todos!
Diego Denega

terça-feira, 30 de junho de 2009

Desvio de rota: Tempestade à frente.


Ao ler estes textos, você poderia perguntar: -“Que conversa é esta de planos, neurolinguística e conteúdos inconscientes, afinal entrei neste blog para ver se havia algo que me ajudasse a ter mais lucro ou pelo menos não perder mais dinheiro nas minhas aplicações”!

E a você, meu prezado companheiro de lutas eu responderia o seguinte: Você está com toda a razão. Queremos ser objetivos. Eis o porquê desta conversa temperada com pequenos toques de psicologia:

Vamos fazer uma analogia: Imagine que você vai fazer uma travessia oceânica. Você precisa de um bom barco, um capitão experiente, mantimentos, combustível, bússola, GPS, e principalmente, precisa ter a sua rota de viagem. O seu caminho. Com o início, meio e fim da sua viagem. Parece óbvio isso? Então continuemos.

Agora entenda isso: O barco com suas máquinas, controles, combustível e eletricidade representa o seu corpo físico. Sem ele, você não chega a lugar nenhum. Daí a importância que o investidor deve dar a sua saúde e aptidão física. Um grande exemplo disso é o empresário Abílio Diniz.

O comandante é a sua mente. Até onde iria o seu barco com um comandante bêbado, drogado e deprimido emocionalmente. Talvez chegasse a algum lugar, mas possivelmente este local poderia ser tão indesejável quanto um rochedo no meio do oceano, na noite e na tempestade.

O plano de viagem, desenhado no mapa, é o equivalente ao seu plano de vida, com seus objetivos planejados de forma coerente e inteligente, com pleno aproveitamento dos seus recursos financeiros, culturais e emocionais. Sem plano de viagem, o seu barco ficaria navegando sem direção, até o combustível acabar ou algo pior acontecer. Parece com a vida de pessoas que você conhece?

Na sua nova vida de investidor, o primeiro trabalho é preparar um plano, inteligente, objetivo e exeqüível. Este plano será constantemente comparado com a suas realizações e feitas, se necessário, correções de rota adequadas para evitar áreas de perigo maior.

Não se apresse em começar o plano agora, pois nós lhe daremos dicas de como fazê-lo de uma forma que se firmará em seu subconsciente, aproveitando todos o seu potencial cerebral.

Por enquanto, pense nisso.
E que você encontre mares calmos e bons ventos.

Sucesso e até breve
Paulo Denega

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pequenos cortes, grandes retornos!

Sabe aquele cafezinho indispensável? Aquele lanche de guloso no trabalho ou na faculdade?
Já pensou em colocar no papel quanto por ano é gasto com essas coisinhas do dia a dia? Eu já!


É muito comum não darmos importância a pequenos gastos do nosso dia a dia, mas saiba que eles podem ser o principal vilão do seu orçamento e que pequenas economias podem gerar grandes retornos e até fortunas em prazos extensos.


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Vamos exemplificar o pai que trabalha em horário integral, logo pela manhã compra o jornal que custa 1,50, almoça todos os dias no shopping e após sua refeição toma aquele tradicional cafezinho que custa 1,00.

A mãe trabalha meio período em seu negócio próprio, e antes de ir para casa sempre toma um refrigerante em lata que custa 2,00.

Os 2 filhos vão para escola, cada um ganha 5,00 para comprar um salgado, um achocolatado e algum doce.

Fazendo as contas o pai gasta por mês aproximadamente 50,00 com seu jornal e seu cafezinho, a mãe gasta 40,00 com seus refrigerantes e 200,00 com o lanche dos filhos, totalizando 290,00 mensais com essas pequenas despesas.

Não estou sugerindo que os pais deixem seus filhos sem comer na escola, pois uma alimentação adequada é fundamental, mas ao invés de dar 5,00 para cada filho, porque não levar o lanche de casa? Fazendo um sanduíche, levando um suco e uma fruta, essa combinação custaria menos de 2,00 por filho e seria muito mais saudável.

O mesmo para o pai, a maioria dos jornais possuem versões on-line tão completas como as impressas, e o café pode muito bem ser levado de casa em uma garrafa térmica.

E a mãe pode simplesmente comprar refrigerante 2 litros e tomar em casa, ou levar um suco natural de casa.

Com esse exemplo vimos que é possível cortar até 60% desses pequenos gastos, mudando e adaptando hábitos, criando soluções mais econômicas.
Colocando na ponta do lápis, um casal com dois filhos pode gerar até 800,00 mensais com esse tipo de gasto, que são quase imperceptíveis.

Muito bem já vimos os pequenos cortes, vamos ver agora os grandes retornos.

Após essa família conhecer o blog Denega System, ela percebeu o quanto é importante nos prepararmos para o futuro, e decidiu investir a economia dessa mudança de hábito em uma poupança para os estudos de seus dois filhos.

Ficou acertado que durante 10 anos, eles depositariam mensalmente 240 reais em uma caderneta de poupança ou fundo de renda fixa (8% a.a), o que lhes dará aproximadamente 44 mil reais no final do período, o suficiente para pagar os estudos dos dois filhos.

Cafezinhos, refrigerantes, lanchinhos se transformando em educação de qualidade, quem diria?!

Sucesso a todos!
Diego Denega

domingo, 28 de junho de 2009

Como “enriquecer” na Bolsa de Valores. Parte 2






Primeiro passo: Definir um objetivo. Cada pessoa deve ter o seu, pessoal, intransferível. Para ajudar neste aspecto, nos acompanhe na imaginação de três situações. Procure visualizá-las e preste atenção a como você se sente emocionalmente em relação a elas.

Sonho dourado número 1:
Trabalhar em seu veleiro super equipado ancorado na praia de uma ilha tropical. Em um celular conectado via satélite você vai operar ações, enviando suas ordens de compra e venda. Enquanto seus investimentos explodem em lucros você dá um mergulho para pegar uma lagosta para o jantar. Ocasionalmente você vai a terra firme para passear com sua mulher e levá-la as lojas para comprar roupas e jóias.

Sonho dourado número 2.
Um imenso e luxuoso escritório em um arranha-céu em área nobre de negócios em São Paulo, Rio ou mesmo Wall Street. Ali você está sentado em uma confortável poltrona de couro, olhando para os monitores e dando ordens para seus corretores, enquanto secretárias eficientes e bonitas cuidam de todos os detalhes de sua vida de Grande Investidor. Talvez você, modestamente, dispense o jatinho particular, até para evitar acusações de ostentação.

Sonho (nem tão dourado) número 3:
Trabalhar na sua própria profissão, aprimorar sua saúde, cuidar de sua família e curtir sua vida enquanto aprende a investir de forma segura na Bolsa, auferindo lucros seguros e constantes, que não são conseguidos em nenhum outro investimento. Após alguns anos de investimento inteligente, você terá construído um futuro tranqüilo e dependendo dos seus resultados poderá viver apenas dos rendimentos de suas operações. Poderá então se dedicar a trabalhar apenas com aquilo que você realmente gosta. Ou viajar pelo mundo, ou realizar algum projeto social.

A primeira vista, os dois primeiros sonhos parecem muito mais motivadores. Mas se você focar em suas percepções interiores, talvez sinta que não são muito reais para a maioria de nós. Parecem mais com castelos de areia e com comerciais do tipo: “Seus problemas estão resolvidos”!

A última opção, aparentemente modesta, parece bem mais concreta, pois se liga a sua vida, a sua profissão, ao que você é realmente. É um sonho que tem “atitude”, reflete a sua identidade, sua personalidade. É você agindo no mundo de uma maneira forte. É realmente exeqüível e pode ser implementada imediatamente, com qualquer capital. Aguarde mais instruções.

Mas você tem direito a sonhar todos os sonhos que quiser. E todos eles se resumem em viver a sua vida com liberdade, com independência e autoconfiança. Não existe nada melhor. Seja qual for o seu sonho, ele tem que ser claramente definido. Pense nisso. Nos próximos textos você vai aprender como tornar estes sonhos em realidade.

Sucesso e até breve.
Paulo Denega
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