quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Renda fixa? Tô fora!"

Ontem (22/07/2009), o Banco Central, na tentativa de recuperar e impulsionar a economia do país, reduziu mais uma vez a taxa básica de juros (Selic), cujo corte foi de 0,50 ponto percentual, passando para 8,75% ao ano. Pode parecer muito, porém, continuamos tendo a quinta maior taxa de juros do mundo.

Isso significa que as taxas de cheque especial, empréstimos e financiamentos ficarão mais baixos, não como deveriam, pois o repasse das instituições financeiras para nós “simples mortais” é mínimo. Veja, por exemplo, que o banco HSBC reduziu a taxa mensal do cheque especial de 9,30% para 9,26%, enquanto nós somos beneficiados com uma migalha, os bancos se deliciam com um enorme banquete.

Com a queda da Selic, discussões dentro do governo sobre mudanças na remuneração de investimentos bancários, como fundos de renda fixa e poupança, devem se apressar.

A preocupação é que devido à diminuição de rentabilidade dos fundos de renda fixa, os investidores migrem para a poupança.

Em agosto de 2008 eu já havia publicado um artigo comparando os fundos de renda fixa e a caderneta de poupança, alertando aos investidores o cuidado ao escolher o seu investimento. (Leia aqui)

A caderneta de poupança tem remuneração garantida de 0,5% ao mês (6,17% a.a), mais a variação da TR (taxa referencial). (Para ver o rendimento anual da poupança nos últimos nove anos clique aqui)

E os fundos DI trabalham com um rendimento x atrelado a Selic, taxa de administração y e é descontado IR (20% em média). Em 2007 e 2008 era muito comum vermos fundos de renda fixa rendendo menos do que a poupança. Hoje é muito raro vermos um fundo rendendo mais do que a poupança.

O Governo estuda taxar poupanças com investimentos acima de R$ 50 mil, como uma forma de tornar a poupança mais desinteressante para os grandes investidores, porém essa não é uma medida muito popular. Outra solução estudada é diminuir a taxação dos fundos de renda fixa.

Na esperança de não haver fuga de recursos dos fundos de renda fixa, os bancos diminuíram a taxa administração, mas para os investimentos de pequeno porte elas continuam altas e perdendo para a poupança.

Apenas os fundos com taxa de administração menor do que 1% renderão mais do que a poupança.

O detalhe é que fundos com taxa inferior a 1% têm como aplicações iniciais valores acima de R$ 10 mil reais (o comum é que sejam acima de R$ 100 mil reais), o que exclui o pequeno investidor de entrar nesses fundos e obter melhores retornos.

Se você investe em algum fundo de renda fixa atrelado a Selic (DI) com taxa de administração superior a 1%, negocie com o seu gerente bancário uma taxa de administração menor ou migre para a poupança, pois você está perdendo dinheiro.

O foco do blog Denega System é investimento em renda variável com ênfase no mercado de ações. Acreditamos que com uma instrução adequada é possível aliarmos os altos rendimentos da Bolsa com a segurança da Poupança.

Leia as postagens sobre Bolsa de Valores do Denega System clicando aqui.

Sucesso a todos!
Diego Denega

Educação Financeira

Rendimento anual da Poupança de 1999 até 2008

Devido a sua simplicidade e segurança a Caderneta de Poupança é o investimento mais popular entre os brasileiros.

Ela tem remuneração garantida de 0,5% ao mês (6,17% a.a.) mais a variação da TR (Taxa referencial).

Para os leitores fazerem uma média, segue o rendimento anual nominal da poupança desde 1999.

1999 - 12,76%

2000 - 8,32%

2001 - 8,63%

2002 - 9,27%

2003 - 11,21%

2004 - 8,10%

2005 - 9,21%

2006 - 8,40%

2007 - 7,77%

2008 - 7,90%

Entre 1999 e 2008 temos a média de 9,16% de rentabilidade.

Porém o rendimento líquido da poupança descontada a inflação é:

1999 - 3,50%

2000 - 2,21%

2001 - 0,89%

2002 - -2,90%

2003 - 1,75%

2004 - 0,46%

2005 - 3,33%

2006 - 5,10%

2007 - 3,17%

2008 - 1,89%

No total de 1,94% no período 1999-2008.

Não gostou do rendimento? Estude no blog Denega System outras formas de investimentos, sugerimos que leia as postagens sobre a Bolsa de Valores, ao contrário do que a maioria pensa, com estudo e disciplina ela pode ser um investimento seguro e altamente rentável.

Sucesso a todos!
Diego Denega

Fonte dos dados: Consultoria Economática.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O primeiro passo para enriquecer com a Bolsa de valores.


Vamos montar um plano de investimentos na Bolsa que realmente funcione. Este primeiro passo pode parecer, a primeira vista, simples e desnecessário, mas não se engane, será muito importante fazê-lo. Os passos seguintes dependem totalmente deste primeiro, em um encadeamento lógico.

Não é um simples plano financeiro, com números, projeções e metas de longo prazo. Sua característica marcante é envolver e harmonizar todas as dimensões do ser humano.

Um plano que contemple apenas o lado financeiro está fadado ao insucesso, pois ao primeiro momento de dificuldades não haverá base de sustentação da pessoa como um todo, em suas dimensões física, mental/emocional e espiritual.

Como fazer:
Comece a redigir seu plano de investimentos. Este deverá estar ESCRITO de forma clara, com todos os cálculos testados e conferidos. Repito: você deverá ESCREVÊ-LO. Pode ser a mão em um caderno, pode desenhar, colar fotos, gráficos, etc. Pode fazer no computador, desde que seja impresso e você possa tê-lo ao seu alcance.

Já aviso que isto não é algo que possa ser feito rapidamente, com alguns cliques. Vai dar trabalho. Algumas pessoas poderão fazê-lo em uma ou duas semanas, outros talvez levem três meses ou mais. Você vai ter que pensar, calcular e raciocinar um pouco. O tempo despendido não é importante, mas sim a qualidade e a profundidade do seu pensamento. Lembre-se, é o início de um planejamento para toda a vida.

Entrar nas operações de mercado na Bolsa apenas com a vontade de ganhar dinheiro e sem uma completa preparação técnica, financeira e emocional é como entrar numa guerra, sem estar treinado e muito bem armado. As chances de sobrevivência até existem, mas são mínimas. Não se iluda.

Se você não tiver determinação para dar este primeiro passo, também não dará os outros, e fracassará. Desculpe a franqueza, mas Bolsa é “jogo duro” e infelizmente não é para todos. Todos os grandes realizadores partiram de um sonho e logo depois montaram planos para atingir aquilo que desejavam. Este é o seu primeiro desafio. Vai encarar? Então vamos em frente, você está entrando no maior empreendimento da sua vida.

1. Primeiro Passo: Objetivo do planejamento.

Defina qual é a renda mensal que você deseja obter, durante toda a sua vida. Assim:

Objetivo: Possuir um capital investido que produza um rendimento mensal de R$.......................................

Coloque um valor exato, que irá cobrir todas as suas despesas e permitir aqueles pequenos luxos, tais como uma Lamborghini, um ultraleve avançado ou uma viagem caríssima. Também aquilo que irá completá-lo como ser humano, talvez ajudar uma instituição, ONG, hospital ou qualquer outra. Pense também em pessoas, familiares e conhecidos que você poderá ajudar. Imagine uma vida de qualidade em todas as áreas.

Não se assuste se este valor for alto demais para o seu padrão de hoje. Você está em um processo de expansão da sua mente.
Veja que o primeiro impulso das pessoas quando perguntadas sobre renda desejada, logo respondem: Eu quero ganhar “muito dinheiro”! Eis aí o primeiro problema: O nosso cérebro não trabalha bem com conceitos vagos como: “muito dinheiro”, “ganhar bem”, ser “podre de rico”, etc. São conceitos vagos e inúteis.

Aqui é o momento de ilustrar o seu plano com imagens que simbolizem as coisas que você deseja conseguir, tais como aquela simples e básica Ferrari.

Eu sei que muitos vão simplesmente esperar o passo seguinte, sem fazer aquilo que sugerimos. Mas dentro de alguns dias todos terão que nos enviar os seus planos para avaliação. Quem não obtiver pelo menos nota cinco, vai se dar muito mal, (brincadeira, claro).

Então comece a escrever o seu plano, você ainda não tem idéia como isso vai eletrizar as suas metas de vida. Então faça com cuidado, valorizando a si mesmo e pensando alto.

Nas próximas postagens você aprenderá o segundo passo, importantíssimo para o início de suas operações na Bolsa. Não perca!

Um abraço e até breve.

Paulo Denega

Paragliders em Baneário Camboriú. Foto de Diego Denega

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Controle de pagamento de contas

Atualmente é muito comum termos vários cartões de crédito, carnês de financiamento, contas de luz, água, telefone e boletos que nos chegam pelo Correio.

Não é raro uma família ter quinze contas ou até mais para pagar no mês, cada uma com o seu vencimento.

Quando não ocorre o pagamento dessas contas na data fixada, acabamos sendo penalizados com multa de atraso e/ou juros. No dia a dia em meio a tantas faturas e boletos é fácil ocorrer esquecimentos. Para evitar isso, o blog Denega System está disponibilizando aos seus usuários um controle de pagamento de contas.

Você pode fazer o download clicando nos links:

Controle de pagamento de contas - documento do Word (.doc).

Controle de pagamento de contas - PDF(.pdf).

Caso opte pelo documento do Word, abra o arquivo e insira os dias de vencimento e o nome das contas, depois você imprime e vai colocando um “P” (Pago), em cada conta paga. Dessa forma toda sua família pode acompanhar o pagamento das contas e lembra-lo quando o vencimento estiver próximo.

Na versão PDF basta imprimir e colocar os dados com uma caneta, recomendamos fazer o “P” sempre a lápis, pois em caso de erro é mais simples corrigir.

Cole em algum lugar visível e nunca mais perca o vencimento de suas contas.

Essa é uma boa forma de você incluir o tema “dinheiro” no cotidiano da sua família, fazendo com que todos participem ativamente e ensinando aos seus filhos técnicas de controle e organização financeira.

Sucesso a todos!
Diego Denega

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Como se livrar das dívidas

Atualmente temos cerca de 80 milhões de brasileiros endividados, e esse número não pára de crescer.

Eis a grande questão: Quem é o responsável por esse endividamento?

Cheques pré-datados? Cartões de crédito? Empréstimos?

Na realidade nenhum destes. O primeiro passo para quem deseja se livrar das dívidas é reconhecer que o único responsável é você!

Eis como funciona o sistema de endividamento: Devemos algo para alguém e quando atrasamos os pagamentos, juros incidem sobre o principal da dívida e também sobre os juros não pagos. Isto aumenta o tamanho da dívida criando uma grande bola de neve que em pouco tempo parece impagável.

Agora que sabemos que nós mesmos somos os maiores responsáveis pela nossa situação de endividamento, vamos às soluções possíveis.

Antes de tudo não se afobe ou perca noites de sono por conta de suas dívidas. Elas realmente são um enorme problema, mas você o resolverá. Basta manter a calma e seguir os passos :

1. Se devemos é porque adquirimos, ou tomamos algo de alguém e não temos condições de pagar.

Então o primeiro passo é pararmos de adquirirmos aquilo que não temos condições de pagar, caso continuemos a situação só irá piorar.

2. Caso você tenha cartão de crédito e só pague o mínimo, saiba que sua dívida será eterna, pois você está apenas pagando juros e não sua dívida.
Nesse caso você deve imediatamente cancelar o seu cartão de crédito, e negociar o pagamento da dívida.

3. Pegue caneta e papel e anote todas suas receitas, despesas e dívidas. Priorize os itens mais importantes para sua subsistência, tais como aluguel ou prestação de imóvel, luz, água e alimentação.
A partir desse levantamento tudo o que não for necessário deverá ser eliminado. Itens como televisão a cabo, internet, contas de celular. Pense até em ficar sem telefone fixo por uns tempos.

Tudo o que sobrar deverá ser destinado para o pagamento das dívidas.

4. Mude seus hábitos, quem deseja se livrar das dívidas deve pensar em si mesmo como se estivesse em uma guerra: o inimigo é a dívida e você é o soldado determinado a eliminá-la. Mesmo que para isso tenha que fazer alguns sacrifícios, como não tomar aquele cafezinho na rua, substituir a carne pelo frango, deixar de comprar jornais, diminuir o consumo de água, telefone e luz. (Ler: "Pequenos cortes, grandes retornos!")


Somente com esse esforço será possível vencer essa batalha.

5. Administradoras de cartão de crédito não são conhecidas por sua bondade, mas é comum que após certo tempo sem receber, elas ofereçam valores bem abaixo da dívida total com juros. Tenho conhecimento de casos em que a dívida era de R$ 4.000,00 e foi reduzida para R$ 1.500,00, ou seja, o valor original da dívida sem juros.

6. Quando for negociar suas dívidas, nunca aceite as primeiras condições propostas. São feitas para beneficiar o seu credor e não a você.


Por exemplo, se lhe for proposto pagar um valor em 3 parcelas, proponha pagar um valor menor em 10 parcelas, mesmo que ele não seja aceito. Talvez a empresa lhe ofereça pagar o mesmo valor em 10 parcelas, ou um valor menor em 6 parcelas.

7. Os juros cobrados pelos seus credores seja banco, administradora de cartão de crédito, financeira ou loja de departamentos, normalmente não estão dentro da lei. São abusivos! Recorra ao PROCON ou Juizado de Defesa ao Consumidor, onde provavelmente o valor da sua dívida será revisto para baixo e terá prazo diferenciado para pagar.

8. Caso você ainda tenha crédito e tenha vários empréstimos, considere a possibilidade de fazer um novo empréstimo, porém, com uma taxa de juros menor que os atuais para pagar os outros e ficar com apenas esse, que provavelmente terá um valor menor.

9. Cancele os cartões de crédito. Se for muito necessário fique apenas com um para emergências e não luxos.

10. Cancele imediatamente o seu cheque especial. Os juros de cheque especial são muitos altos e também formam bolas de neve.

11. Se o credor tratá-lo mal, e muito provavelmente irá fazê-lo, ignore e diga a ele que caso continue tratando-o assim ele será o último da lista a ser pago.

Aqui estão algumas estratégias de como pagar suas dívidas. Entretanto, lembre-se que você tomou algo de alguém, esse alguém tem o direito de receber, mas você também tem o direito de pagar valores justos, e voltar a se tornar um consumidor, só que, dessa vez, consciente.

Sucesso a todos!
Diego Denega

quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Jamais gaste tudo o que você ganha"

“Jamais gaste tudo o que você ganha”, esse foi um ensinamento que a mãe de Manoel Horácio Francisco da Silva, presidente do Banco Fator, ensinou muito cedo a ele e seus irmãos.

É um princípio simples e lógico. Quem deseja iniciar um investimento, precisa de algum dinheiro, mas como o fazer se nunca sobra nada do salário?

Aí entra o planejamento e controle das finanças pessoais. É comum reclamarmos de nosso salário, achar que não ganhamos o suficiente, que devido a esse baixo salário é que temos dívidas e não prosperamos financeiramente. É a verdadeira roda viva.


A triste notícia é que para a maioria das pessoas, um aumento não resolveria e as dívidas só aumentariam. Aqui, então, não é uma questão de dinheiro e sim de educação financeira.


Photobucket


Conheço pessoas que ganham R$ 1.000,00 por mês e têm imensas dívidas, como também conheço pessoas que ganham mais de R$ 8.000,00 e têm dívidas exponencialmente maiores.

Creio que os leitores do blog se perguntem por que os autores não ensinam logo como investir e ganhar muito dinheiro. A resposta é simples: pegar uma quantia e investir na bolsa ou em algum fundo é muito fácil.


Ter dinheiro e disciplina para investir mensalmente, tendo um objetivo e se manter firme a ele, não é tão simples, pois exige mudanças de comportamento, de hábito, eliminação de dogmas, e muito estudo.

E esse é o nosso objetivo. Esperamos que essa transformação ocorra e que você possa prosperar.
Gosto de perguntar aos amigos e familiares se eles têm idéia de quanto dinheiro já ganharam na vida, e que percentagem desse dinheiro eles possuem atualmente, sem falar em quantias, apenas percentagens.


Um exemplo: Uma pessoa que trabalhou 20 anos ganhando em média R$ 3.000,00 mensais, recebeu mais de 700 mil reais no período. Durante os 20 anos ela comprou um imóvel que vale 100 mil e um carro de 25 mil, ou seja, no momento ela só possuí 18% do montante total que já recebeu.

Durante a vida temos muitos gastos obrigatórios com saúde, educação, alimentação, impostos e outros, e estes ocupam o maior percentual.


Mas é perfeitamente possível, mesmo com esses gastos, mais prestação de imóvel e automóvel, reservarmos a pequena parcela de 10% ou mais de nossos proventos para um investimento financeiro. (Leia: “Status. Quem paga o pato e você.” e “Pequenos cortes, grandes retornos!”).


Photobucket


Voltando ao exemplo: 10% dos proventos dessa pessoa corresponderiam a 70 mil reais no período de 20 anos, em uma estimativa grosseira*. Esse valor investido na poupança, usando uma taxa média de 8% ao ano, os 10% seriam transformados em mais de 180 mil reais.

Caso esse valor fosse investido em ações e essa pessoa soubesse administrá-las, os ganhos com esses mesmos 10% de seus proventos certamente chegariam a cifra de 1 milhão de reais**. Dessa forma teria lucrado mais com a Bolsa do que com seu ofício. (Leia: “Como “enriquecer” na Bolsa de Valores”).

Tudo isso é possível com educação financeira, seguindo o simples princípio daquela senhora que ensinou o seu filho: “jamais gastar mais do que se ganha”.

*Estimativa grosseira, pois não leva em conta as correções monetárias, troca de moedas e juros de rendimento exato do período.
**Com um rendimento de 20% ao ano, o que é realista para um investidor experiente no Brasil.


Sucesso a todos!
Diego Denega
Google Analytics Alternative Web Analytics