domingo, 23 de agosto de 2009

Na bolsa de valores o tempo de desistir é nunca.

Foto *

Quando o indivíduo fica tomado por uma vontade irresistível de progredir e adquirir independência financeira e resolve se tornar um investidor ocorre um período de intenso entusiasmo. O futuro “rico investidor” começa um processo mais ou menos assim: Estudar sobre renda variável e ações, freqüentar fóruns, comprar livros sobre o assunto, fuçar pela internet em busca de dicas ou mesmo cursos (de preferência grátis) e falar para todo mundo sobre suas descobertas. Esta fase emocionante pode ser comparada psicologicamente a uma grande paixão.

Mas, como toda paixão, é um período de turbulência. A mesma necessidade de progresso financeiro que o impulsionou passa a se impor em toda a sua realidade. O capital é pequeno, a experiência como investidor é quase nula. A ansiedade por resultados que comprovem os seus sonhos de enriquecimento faz com que o novato faça operações impulsivas e de alto risco. Um dia opera no FOREX, perde dinheiro e pula para as opções. Perde novamente e resolve voltar para o mercado à vista, mas acha que os lucros são lentos e resolve que bom mesmo é operar futuros, e aí você sabe o resultado.

Em geral este círculo vicioso de decisões mal pensadas acaba com o término do capital disponível, mas muitas vezes acaba apenas por simples decepção. Frustrado e desiludido por descobrir que aquele mundo dourado estava bem mais distante do que imaginava, o futuro investidor de sucesso entra num processo de desistência. Num misto de raiva contra o sistema (“bolsa não passa de jogo!”) e tristeza carregada de frustrações obscuras (“A época não está boa...”) e desculpas fracas do tipo: “Não tenho tempo para operar meus investimentos...”, fecha a conta na corretora, apaga os registros no computador e deixa apenas nos favoritos o link da ADVFN (só para dar uma olhadinha no mercado...).

Amigo leitor, esta fase pode se repetir mais de uma vez na sua trajetória de investidor. Mas lembre, só fracassa aquele que desiste da luta. Prejuízos e momentos ruins são normais na vida de qualquer investidor. Fases difíceis acontecem na vida e independem do momento econômico, mas o fundamental é você não aceitar ser um derrotado.

Quando acontecer um destes períodos difíceis, faça o seguinte:

1. Dê um tempo nas operações. Interrompa todas e faça uma análise séria dos seus métodos. Tenha a humildade inteligente de reconhecer que você é que está operando de forma pouco eficiente. Não entre no chamado “jogo da vítima”, culpando o “mercado” ou os “tubarões” pelas suas perdas. Assuma toda a responsabilidade e você sairá fortalecido desta situação momentânea.

2. Faça uma análise criteriosa do seu estado emocional verificando se outras áreas da sua vida tais como casamento, família ou trabalho poderiam estar criando tensões emocionais prejudiciais. Analise, tente resolver e separar isto das suas operações. Se os relacionamentos devem ser vividos em toda a sua plenitude emocional, este não é o caso da bolsa. Ali o pensamento frio e equilibrado deve imperar.

3. Focalize naquela área, mercado ou ação que você teve mais êxito e planeje retornar as suas operações, mas, muito importante: você irá operar com valores bem menores que os seus usuais (a pior maneira de agir nos prejuízos é aumentar o capital empatado em operações podres). Faça isto até voltar a ter lucros com regularidade.

Este é o caminho, pense em você mesmo como um vencedor, como alguém que pode cair, mas que sempre e teimosamente, levantará. Você acha que grandes investidores, como Warren Buffet, por exemplo, não passaram por períodos de desânimo e nem tiveram derrotas? TODOS os investidores de sucesso passaram por períodos muito difíceis. Mas não desistiram. Todos os que fracassaram se entregaram as primeiras dificuldades. A que grupo você quer pertencer? A escolha é sua.

Se decidir continuar a luta, parabéns. Pense sempre que você é forte, que está aprendendo mais com as pequenas derrotas e que vai chegar lá, com certeza absoluta. Acredite que falta muito pouco para você chegar lá: um pouco mais de estudo, uma melhoria no seu controle emocional, uma adaptação nos seus métodos. Os lucros voltarão a aparecer e o seu patrimônio voltará a crescer. Pense alto, com coragem e nunca desista.

Um abraço e até breve,

Paulo Denega

* Imagem do Space Suttle da NASA, um grande exemplo de engenharia humana que precisou superar enormes obstáculos e derrotas. Isto é pensar "alto" e com coragem.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O segundo passo para enriquecer com a Bolsa de valores.


Se você está acompanhando as nossas postagens já deve ter percebido que damos extrema importância ao desenvolvimento de um pensamento amplo e inteligente em relação aos investimentos. A essência deste pensamento é: De nada adianta enriquecer perdendo a sua qualidade de vida. Daí a nossa insistência em uma abordagem de formação de um padrão de pensamento mais avançado, abrangendo a parte emocional e espiritual do ser humano.

Estes primeiros passos visam a que você se interiorize, se conheça melhor e desenvolva estratégias adaptativas, flexíveis e vencedoras em qualquer tipo de mercado. Por enquanto vamos prosseguir: Lembre-se que o passo inicial era definir a sua renda desejada mensal (ver “o primeiro passo para enriquecer na Bolsa”).Vamos então ao site da InfoMoney: (um site excelente, que você não deve deixar de acompanhar em seus estudos): http://web.infomoney.com.br//suasfinancas/ferramentas/calculadoras/

Escolha a calculadora de investimentos. Ali faremos uma primeira simulação de investimentos. Coloque assim:

Capital inicial: R$ 10.000,00
Investimento mensal: R$ 200,00
Taxa de rendimento: 0,50
Prazo: 120 meses
Observou o resultado? Não é de entusiasmar e está longe de lhe permitir luxos e renda vitalícia. Agora comece a mexer na calculadora, faça outras simulações, com os mesmos valores investidos, mesmo prazo de investimento, mas com retornos diferentes tais como 1%, 2% e 3% ao mês. Preste atenção e analise onde as diferenças são mais significativas.
Faça simulações com o valor de reserva financeira que você pretende começar a investir e depois teste variações de poupança mensal. Mas mude apenas um fator por vez, para que você possa analisar melhor os resultados projetados.

Experimente com valores dentro de sua própria realidade financeira, mas não se limite a ela. Planeje já pensando nas suas possibilidades profissionais futuras ou de negócio próprio, não apenas na sua renda atual. Por exemplo, se você pretende se formar em pouco tempo faça simulações estimando sua renda futura em função do seu mercado de trabalho.

Veja este exemplo de simulação em condições financeiras melhores:

Gostou mais destes resultados? É importante saber que estes cálculos são iniciais, não levam em conta a inflação do período nem imposto de renda e nem despesas gerais com precisão, mas servem para dar uma visão do que você pode esperar. Neste passo você está apenas abrindo a sua mente para pensar em nível mais alto, reduzindo as restrições culturais que nos limitam psicologicamente, como se fossem amarras invisíveis.

Aí chegamos à grande incógnita: Qual é o rendimento mensal da bolsa de valores. Sobre este assunto falaremos em uma próxima postagem. O importante agora é que você fique ciente do poder dos juros compostos e, conseqüentemente, da absoluta necessidade de aprender a conseguir o maior rendimento possível dos seus investimentos financeiros.

Após ter dominado o funcionamento da calculadora, é hora de começar a definir os valores reais que você pretende utilizar. A dura realidade começa a se impor. Quanto você tem? Quanto vai arriscar? Como e para quê?
Se você é um iniciante e ainda não dispõe de capital inicial, não se desespere e nem desista. Com um pouco de esforço você levantará este capital e começará a operar. O importante é saber o “como fazer” para se tornar um operador eficiente.

Pular estas etapas é começar a investir dependendo da sorte, esperando de forma sonhadora que os mercados se adaptem a teorias superadas que trazem uma falsa sensação de segurança. Se você tem dúvidas sobre o que estou falando, apenas lembre o que aconteceu no ano passado nos mercados mundiais e no sistema financeiro como um todo.

O ano de 2008 será lembrado como o fim de uma era dominada por uma tecnologia desumanizadora, não sustentável e totalmente distanciada dos verdadeiros problemas de um planeta em desequilíbrio econômico/social e com recursos limitados.

Mas falaremos sobre estes assuntos mais a frente. Por enquanto você irá aprender a conseguir rendimentos, mês após mês, maiores que a renda fixa, para aumentar o seu capital investido e viver a vida de êxito e qualidade que você deseja.

Um abraço e até breve.

Paulo Denega



Final de um dia “muito cansativo” do nosso leitor André, após voltar de um passeio pelas águas calmas de Balneário Camboriú, SC.
Foto de Júlio Denega


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